quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Mais um texto anti-Integralista mascarado de estudo acadêmico.

Sérgio de Vasconcellos

Prezados Companheiros.

Fui avisado pelo Companheiro Marcelo Silveira – sempre bem informado – da existência deste Artigo. O  Autor, infelizmente, labora nos velhos equívocos históricos e doutrinários de sempre. Vejamos:

1º) O Integralismo NUNCA se assumiu como Movimento fascista durante a década de 30, e a única fonte que ele indica, o Livro “O Integralismo e o Mundo”, de Gustavo Barroso, não afirma tal coisa, o que nos leva a crer que o “pesquisador” tresleu a Obra, se é que a leu verdadeiramente... Eis o que escreveu de fato, impresso em boa letra de forma, perfeitamente compreensível para os que não são analfabetos funcionais o sempre injustiçado Gustavo Barroso: "Integralismo - nazismo - fascismo".

2º) A ABC não teve vida efêmera, porque não teve vida alguma, o Estado Novo jamais autorizou o funcionamento de tal Organização, tendo ficado o Movimento Integralista na sua maior parte na clandestinidade, apenas criando outras Organizações devidamente registradas para dar respaldo legal a ações setoriais, como, por exemplo, o Apollo Sport Club, o Auxílio às Famílias Empobrecidas (apelidada internamente de “Socorro Verde”), a Cruzada Juvenil da Boa Imprensa, etc.

3º) O Integralismo não se transformou em Partido por nenhuma decisão tomada no 2º Congresso Nacional da AIB, em Petrópolis, em 1935. Desde que o boçal do Hélgio Trindade afirmou naquele lixo que é o Livro dele tal inverdade, todo mundo sai repetindo esta bobagem. Já em 1933, logo após o Registro do seu 1º Estatuto como sociedade civil, a AIB entrou com um Pedido solicitando seu Registro como Partido Político. Por conta de exigências da Justiça Eleitoral é que foram feitas alterações nos Estatutos, tanto no 1º Congresso, em Vitória (1934), quanto no 2º já citado. A famosa 1ª Marcha Integralista foi para comemorar o lançamento da Candidatura de um Integralista à Constituinte, que não se elegeu infelizmente. O único Deputado Federal Integralista naquele período foi o Companheiro Jeová Mota, eleito pelo Ceará, pela Legião Cearense do Trabalho.

4º) Sobre o periódico “Renovação Nacional” e a Cruzada de Renovação Nacional, cabe esclarecer: O Jornal “Renovação Nacional” não surgiu em 1978, mas, em 1968; a Cruzada de Renovação Nacional foi fundada em 20 de Fevereiro de 1970 por Jáder Araújo de Medeiros, que já era Presidente da União Operária e Camponesa do Brasil – fundada na década de 50 -, e que a partir de 1971 passou a publicar o periódico “Renovação Trabalhista”. Quanto ao médium, o saudoso Companheiro Jáder era Espírita e, de fato, UMA VEZ POR ANO, recebia por intermédio de um psicógrafo comunicações que seriam de Plínio Salgado e que ele mostrava aqueles Companheiros que fossem Espíritas e que manifestassem interesse. JAMAIS o Companheiro Jáder Araújo de Medeiros orientou suas ações Políticas por tais Psicografias, cujo conteúdo era espiritual segundo ele mesmo sempre me dizia, quando muito, falando do futuro grandioso do Brasil, e nada mais. Portanto, é má fé e uma tentativa repugnante de desrespeitar uma Religião esta leviana acusação. Mas, o que esperar de outro boçal comunista como este tal Calil?

5º) A Casa de Plínio Salgado não foi fundada apenas por águias brancas e perrepistas, mas, também, por Militantes da Velha Guarda, e outros bem mais novos na época, como eu, que nunca fui da antiga AIB, do PRP, nem Águia Branca, e que estive presente na Fundação. Esta Márcia Carneiro é outra que não entende patavina de Integralismo e teima em continuar escrevendo sobre o que não conhece.

6º) A nova AIB não foi registrada em nome do Companheiro Anésio de Lara Campos Júnior, mas, como sociedade civil. O seu primeiro Estatuto, considerado provisório, foi datilografado lá em casa pelo Companheiro Anésio e além de nós dois, teve também a assinatura de minha saudosa Mãe, Iracema Lopes de Vasconcellos. Portanto, não se tratava de propriedade privada do Companheiro Anésio como idiotamente supõe o Autor.

7º) O Dreyffus é outro boçal. O Partido de Ação Nacional, fundado pelo brilhante Companheiro Rômulo Augusto Romero Fontes, não teve qualquer relação oficial ou oficiosa com a nova Ação Integralista Brasileira. Quando muito, alguns de seus integrantes também faziam parte da nova AIB e o seu periódico, o Ação Nacional, veiculava noticiário sobre a nova Ação Integralista Brasileira, mas, isto também o fazia a imprensa burguesa (Jornal do Brasil, O Globo, etc.).

8º) O PAN jamais foi financiado pela tal Causa. Os comunistas sempre com esta velha ladainha que nós Integralistas recebemos dinheiro de fora. Como eles são traidores da Pátria, julgam os outros por eles mesmos.

9º) A não efetivação do PAI – Partido de Ação Integralista -, nada tem com uma suposta resistência à liderança do Companheiro Anésio, simplesmente porque ele não era mais Presidente naquela ocasião, mas, o saudoso Companheiro Sebastião Cavalcante de Almeida, que não ficou efemeramente no cargo, mas, por longo tempo, sendo substituído pelo Companheiro Ubiratan Pimentel da Silva, que é o seu Presidente até hoje. Não sendo o Integralismo uma monarquia hereditária, nem propriedade de uma Família, não haveria porque consultar a viúva do Chefe, a saudosa Companheira Dª Carmela Patti Salgado, nem a Filha, Netos, Irmãos, Sobrinhos, Primos ou quaisquer outros parentes, herdeiros e sucessores de Plínio Salgado para se fundar uma nova AIB ou qualquer outra Organização Integralista.

10º) Sobre o suposto antissemitismo do Integralismo já me externei em duas ocasiões, de forma IRREFUTÁVEL, e, portanto não acrescentarei nada. Recomendo aos interessados a leitura dos seguintes: "Gustavo Barroso, racista?" e "O Integralismo foi o introdutor do antissemitismo no Brasil?".

11º) O Congresso Nacional Integralista para o Século XXI foi um grande sucesso. É pura fantasia do Autor a afirmação de que dias após o Congresso foram registrar uma nova Organização com o nome de Movimento Integralista Brasileiro e que não o puderam fazer porque ela já estava registrada pelo Companheiro Anésio. Vamos aos Fatos: Não se registra uma sociedade civil sem os Estatutos. Foram elaborados quaisquer Estatutos durante o Congresso? Não. Foi tomada a decisão de se fundar o  MIB? Não. Decidiu-se pela criação de uma nova organização de âmbito nacional. Num primeiro momento, durante o Congresso, cogitou-se de se chamar de Movimento Integralista Brasileiro, porém, tal entidade já existia, fundada pelo Companheiro Anésio (e de cuja criação também participei, sendo um dos signatários dos Estatutos, em 1983), e que, portanto, não poderia ser utilizado. O Companheiro Anésio com total desprendimento concordou em abrir mão da Presidência do MIB, cedendo a entidade aos Congressistas, mas, optou-se pela criação de uma organização inteiramente nova. Então, em 22 de Janeiro de 2005, em Assembleia de Fundação, em São Paulo, cumprindo as decisões do Congresso, foi criada a Frente Integralista Brasileira - FIB.

12°) O Integralismo não é e nunca se considerou de direita. Veja-se a Palavra Autorizada do próprio Chefe Nacional: "'Direitas' e 'esquerdas'" e "Verdades da 'direita' e da 'esquerda'".

13º) Sobre o suposto trauma pela perda do nosso líder só cabe responder com o próprio Plínio Salgado: “O Chefe não é uma pessoa, o Chefe é uma Ideia”.

Finalizando, muitas outras críticas poderiam ser feitas ao Texto, que está cheio de erros, porém, as que acima enumerei são suficientes para demonstrar o hiato entre o que é de fato o Integralismo e o Integralismo imaginado e fantasiado pelos nossos detratores.

Pelo Bem do Brasil!

Anauê!

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